terça-feira, 3 de maio de 2011

A organização dos espaços na escola: reflexos de uma cultura educacional*



"O visitante de qualquer instituição para crianças pequenas tende a pesar as mensagens que o espaço oferece sobre a qualidade e cuidados e sobre as escolhas didáticas que formam a base do programa. Todos nós tendemos a perceber o ambiente e a ler suas mensagens ou significados com base em nossas próprias idéias. Podemos, contudo, melhorar nossa capacidade de analisar camadas mais profundas de significados se observarmos a extensão em que todos os envolvidos estão à vontade e como todos usam o próprio espaço. Então, podemos aprender mais sobre os relacionamentos entre as crianças e os adultos que passam o tempo ali." ( Lella Gandini, 1999)
                                   
Organizar a escola de modo que as produções das crianças possam ser apreciadas e dar às mesmas a oportunidade de escolher o que será documentado é uma das formas de dizer a elas que essa escola é de todos...
É necessário que o ambiente educativo seja planejado de maneira a provocar indagações, discussões e hipóteses sobre o vivido. Com ele as crianças jogam simbolicamente e interagem de maneira a incrementar suas aprendizagens de modo próprio e de forma mais significativa. A possibilidade de múltiplos cenários na escola permite uma exploração mais rica na interação das crianças com seus pares e o brincar torna-se mais presente. É como se, o entrar na escola, as crianças se sentissem convidadas a imaginar, agir, interagir, atuar... O faz de conta acontece.
 As escolas que se propõem a “provocar” as brincadeiras das crianças contribuem para que mais tarde tenham uma memória afetiva de suas infâncias. Voltar ao quintal, pendurar tecidos, se esconder atrás deles, fazer cabana!
Os espaços da escola, internos ou externos, são sistemas vivos e em constante transformação.

 


 

* Imagens do Centro Educacional Dona Neusa Rezende, escola assessorada pela Cenário Treinamentos e Cursos Livres.




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